Ocultismo ou Ciências Ocultas é o estudo de um conjunto de terias e práticas dos segredos da Natureza, do Universo e da Humanidade.
No ocultismo podemos incluir todos e quaisquer temas da vida, mesmo que muitos já não sejam segredos porque com o tempo fomos desvendando-os e já os achamos naturais (estudos de astronomia, física, etc… que antigamente estes conhecimentos eram estudados por pessoas apelidadas de sábias, magos, como veremos mais à frente).
O ocultismo é considerado por todos algo sobrenatural e secreto, no entanto, é bem mais que isso. Na Verdade, o nome ocultismo só aparece devido ao facto de o conjunto dos fenómenos estudados serem quase que inexplicáveis e pelas sua possíveis explicações não serem compartilhadas com a comunidade científica.
A base das ciências ocultas vem da Antiguidade Clássica, sendo conjecturas metafísicas e teológicas.
São, na sua essência, um conjunto de doutrinas que aproximam todas as religiões e crenças, apesar de muitas vezes contradizerem-se, como por exemplo: a teoria da reencarnação (do espiritismo e estudada pelo ocultismo) e a teoria ressurreição (do cristianismo e também abordada pelo ocultismo).
Curioso que as tradições ocultistas estudam a base das religiões, acreditando que todas elas foram inspiradas por uma fonte sobrenatural e seria essa fonte a levar-nos até à religião primária e primordial.
No ocultismo, quando se fala no Homem, não se fala apenas no corpo, mas também na sua alma, emoções, razão (tal como na Cabala).
Um ocultista é visto como um Mago (pois outrora, os Magos eram os sábios e os cientistas, porquanto a magia ser uma forma de ciência).
Estes magos de antigamente, segundo algumas teorias, já saberiam grande parte dos conhecimentos da ciência contemporânea.
Se para alguns o oculto é um conhecimento secreto ou não revelado, para outros (nomeadamente os ocultistas e estudiosos neste ramo) consideram o oculto como algo identificável e compreensível através dos seus enigmas, que nada mais são do que símbolos e os seus significados.
Tudo isto dito atrás é muito moderno e conveniente dizer, no entanto, o ocultismo tem um significado muito diferente da sua interpretação literal, mas também mais óbvio do que todos pensam.
Todos os fenómenos sobrenaturais, mágicos, estudo das civilizações antigas, lendas, mitos, culturas, crenças etc… começaram a ser denominados por ocultismo, quando foi necessário esconderem-se da Igreja (pois antes desta existir, estes temas eram normais e do conhecimento de todos os interessados), passando a ser cada vez mais reduzido o número de pessoas ligadas á ciência oculta.
O ocultismo sempre (desde que se chama ocultismo) foi considerado um conhecimento acessível a um grupo de pessoas limitadas, que passaram por testes de “aptidão” através de uma iniciação.
Todos os ocultistas e iniciados, à medida que vão ganhando conhecimento, vão tendo uma postura diferente dos outros e, por isso, eram considerados anormais e chamados de bruxos, pagãos, místicos, loucos e até mesmo rebeldes, sendo perseguidos, torturados, descriminados, condenados ao sofrimento e até à morte (principalmente na altura da Inquisição).
Os ocultistas procuram elevar-se em mente e em espírito, treinando e desenvolvendo o seu lado mental, psicológico e espiritual, despertando todas as suas capacidades, canalizando todo o tipo de energias e forças actuando na relação da Natureza (vista como um todo) com o Homem.
Por esta dimensão espiritual não ser empiricamente comprovada, a ciência tradicional não a reconhece, pois esta apenas trabalha com casos concretos, definidos, observáveis e mensuráveis, ao contrário do ocultismo.
Todo o estudo oculto é influenciado desde o início dos tempos!
Os egípcios, os fenícios, os povos indígenas, os povos nórdicos influenciaram o ocultismo, assim como outras filosofias e crenças (Yoga, Hinduísmo, Budismo, …).
As bases do ocultismo são várias, mas um dos principais pilares sempre foi a Alquimia, ou a chamada ciência hermética (um ciência relacionada com a manipulação de metais, cujos objectivos seriam:
- Transformar metais em ouro;
- Encontrar a Pedra Filosofal (que curaria todas as doenças);
- O Elixir da Longa Vida (que daria a vida eterna);
- A criação do homúnculo (um ser humano, mais pequeno que o normal, concebido sem a mulher).
A alquimia seria uma espécie de metáfora para o crescimento espiritual, embora ainda haja quem procure cumprir os antigos objectivos.
Esta arte nasceu entre os judeus e muçulmanos, na Idade Média.
Todo o ocultismo e ciência hermética estiveram escondidas em Sociedades Secretas e no século XIX houve um ressurgimento destas artes pelos ocultistas: Eliphas Levi, Helena Petrovna Blavatsky, Papus, entre outros.
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