segunda-feira, 26 de abril de 2010

São Cipriano


Tascius Caecilius Cyprianus, também conhecido como Cipriano, ou São Cipriano, o Feiticeiro dos Feiticeiros, o Mago dos Magos, o Santo de Deus, enfim, muitos nomes lhe foram atribuídos, muitos mitos, muito respeito e medo, muita adoração. Sempre seguido por uns e perseguido e discriminado por outros.
Mas antes de falarmos resumidamente sobre a vida de Cipriano, há que esclarecer mal-entendidos a cerca dele e dos seus livros…
Existe a crença, o mito e um pouco também, desculpem a indelicadeza, a ignorância de que os livros actualmente publicados (Capa de Aço, Capa Preta, entre outros) fariam mal às pessoas! São histórias antigas e outras recentes, que falam que se alguém ler esses livros, se os tiverem em sua posse, ou se os lerem de trás para a frente, etc… poderiam pôr a pessoa doente até morrer, a pessoa poderia ficar maluca, matar-se, ficar má, enfim, um número infinito de disparates porque existem milhares e milhares desses livros publicados e sabemos que não há milhares e milhares de pessoas a sofrerem por causa do livro.
Sim, é verdade que já foram relatados casos de pessoas que ficaram perturbadas, e más entre outras coisas, mas são casos isolados que apenas provam duas coisas:
1ªPessoas mais sensíveis e susceptíveis de ser influenciadas e perturbadas não leiam quaisquer livros deste género;
2ª Ao ler o livro, não façam disparastes, nem sigam à letra o que é dito, principalmente na parte das magias e poções, se não ficam mesmo malucos!
Nada tem a ver com o livro em si, nem com o que tem escrito, pois são só papéis e letras imprensas com tinta, tem sim a ver com o uso que as pessoas dão ao que está escrito.
Muitos feitiços, mesinhas, poções foram adulterados pelo próprio Cipriano para que quem apanhasse os seus manuscritos, não pudesse ficar com grandes conhecimentos. Muitas coisas foram escritas em códigos simbólicos, em diversas línguas misturadas, outros manuscritos foram queimados por Cipriano, outros pela Inquisição e outros ainda estão guardados secretamente, ou na Torra do Tombo. Poucos ou nenhuns ainda restam intactos sem alterações.
Quem quer usar tais magias e feitiços terá que descodificar e interpretar bem o que está escrito, senão arrisca-se a nada dar resultado ou a dar um resultado diferente do esperado.
Para Finalizar este tema, por enquanto, falemos um pouco de dados biográficos de Cipriano:
· Nasceu em 250 d.C., em Antioquia, erguida na margem esquerda do rio Orontes, na Turquia, filho de pais ricos e pagãos (Edeso e Cledónia).
· Foi desde cedo um seguidor dos rituais pagãos e nutria uma verdadeira vocação para os conhecimentos místicos e ocultos.
· Por volta dos 30 anos, vai para a Babilónia, onde tem contacto com os conhecimentos e com a própria Bruxa Évora.
· Supostamente fez um pacto com Lúcifer e tornou-se seu amigo íntimo, desenvolvendo várias capacidades ocultas e malignas, tornando-se rico, respeitado e temido.
· Ajudou muitas pessoas a fazerem as suas conquistas amorosas e ele próprio a fazer as deles, através da magia, no entanto, não conseguiu conquistar nem ajudar um jovem chamado Aglaide a conquistar uma donzela chamada Justina, pois esta possuía uma enorme fé.
· Isso deu azos a Cipriano se interrogar a cerca do poder de Lúcifer e se seria inferior ao de Deus.
· Converteu-se ao Cristianismo, com a ajuda de Justina e de um amigo seu, Eusébio e foi perseguido pelos romanos, a fim de renunciar a sua fé cristã. E por isso, Justina foi chicoteada e Cipriano foi açoitado com pentes de ferro.
· Reza a lenda que ambos saíram ilesos depois de terem sido mergulhados em azeite a ferver, devido à força da sua fé e das suas orações, ao contrário de um dos soldados do imperador que morreu, quando lá entrou.
· Nunca negando a sua fé, foram decapitados a 26 de Setembro de 304 d.C. e, em vez de serem sepultados, foram expostos durante 6 dias, até um grupo de cristãos os ter recolhido por pena.
· Foi o imperador Constantino que, além de ter reconhecido o cristianismo como religião oficial e o Domingo como dia de descanso cristão, ordenou que os restos mortais de Cipriano fossem sepultados na Basílica de São João Latrão, localizada na praça com o mesmo nome, em Roma, onde se situa a catedral do Papa, onde este exerce o seu mais alto ofício divino.
· Depois de se ter tornado cristão, Cipriano deu toda a sua riqueza e utilizou os seus conhecimentos para o bem, é visto com um símbolo de dualidade entre o bem e o mal, uma prova de que estamos sempre a tempo de mudar!
Não tenham medo deste nome, nem dos seus livros, nem de nada do que vem dele… Cipriano errou, pagou por isso, arrependeu-se e mudou.

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